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O Massacre da família al-Najjar

  • Júlio Miragaya
  • 28/05/2025
  • 07:00

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No sábado, 24 de maio, ocorreu uma das maiores tragédias envolvendo civis em conflito bélico no pós-guerra, só similar ao massacre de My Lai, em 1968, no Vietnã. A médica Alaa al-Najjar – que há 18 meses socorre, no Hospital Nasser, em Khan Younis, crianças inocentes que estão sendo bombardeadas na Faixa de Gaza pela Forças Armadas de Israel – teve sua casa detonada por um míssil disparado por um jato F-16, de fabricação norte-americana, matando 9 de seus 10 filhos e ferindo gravemente seu 10º filho e seu marido, Hamdi al-Najjar, também médico.

As crianças tinham de sete meses e 12 anos de idade. Quando a Dra. Alaa soube do ataque, correu do hospital para sua casa, vendo-a destruída e em chamas e os corpos carbonizados de seus 9 filhos sendo retirados dos escombros. As 9 crianças se somaram a outros 70 palestinos mortos pelas FFAA de Israel no sábado, enquanto centenas de milhares se veem novamente privados de água, alimentos e remédios pelo boicote israelense à ajuda humanitária.

Cinicamente, os militares terroristas israelenses, após descreverem Khan Younis como uma perigosa zona de guerra, relataram mais este crime de guerra como um ataque a suspeitos que operavam numa estrutura próxima. Como assim? Dois médicos e 10 crianças de 7 meses a 12 anos são descritas como suspeitos?

EXTERMÍNIO – Desde outubro de 2023, quando o Hamas promoveu o covarde massacre no sul de Israel, matando 900 civis e 300 militares israelenses, a reação do governo Netanyahu passou da retaliação para tentativa de extermínio da população palestina.

Dados de organizações humanitárias estimam que o número de mortos no conflito se aproxima de 80 mil, 30% acima dos dados oficiais que apontam 58 mil mortos em Gaza (incluindo 4,7 mil soterrados sob os escombros). E dos 58 mil mortos, 70% (40 mil) são crianças, mulheres e idosos, que os militares israelenses têm como suspeitos (sic).

Neste massacre são contabilizados ainda 123 mil feridos e mutilados (também 70% crianças, mulheres e idosos). Entre os mortos, há 1.520 pessoas das equipes médicas e de defesa civil; 800 da área de educação, 220 da imprensa e 200 de equipes da ONU.

Dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza, 88 % (2 milhões) foram deslocados de suas moradias. As cinco cidades dentro de Gaza foram completamente destruídas. São 69 mil edifícios destruídos, 330 mil moradias danificadas e centenas de hospitais, escolas, universidades e órgãos do governo destruídos, assim como 830 mesquitas.

A mão pesada de Israel se vê também fora da Faixa de Gaza: na Cisjordânia ocupada, onde os palestinos protestam diariamente contra o massacre em Gaza, já são 1 mil mortos; 7 mil feridos ou mutilados e 12,1 mil jovens feitos prisioneiros. E nos países vizinhos (Líbano, Síria, Iraque e Yemen), são cerca de 2,5 mil mortos pelas FFAA de Israel.

HIPOCRISIA – E a reação internacional? Hipócrita e asquerosa tem sido a reação dos “democráticos” e “civilizados” países da União Europeia. Enquanto no Leste Europeu eles fornecem bilhões de euros em material bélico para a Ucrânia contra a “Rússia agressora”, no Oriente Próximo, fornecem apoio diplomático e material bélico ao agressor Israel, mas pedindo polidamente que contenha os exageros em suas incursões na Faixa de Gaza.

Felizmente, os povos europeus não pensam o mesmo, como os mais de 400 mil que, em 19 de maio, protestaram em Londres, Haia, Berlim, Estocolmo e outras cidades contra o massacre dos palestinos.

Tal comportamento é uniforme entre os governos da UE, desde a extrema direita italiana, passando pela direita francesa até os social-democratas alemães e trabalhistas britânicos, todos absolutamente submissos ao imperialismo norte-americano, que é o principal responsável pela sustentação do Estado de Israel como seu aríete no Oriente Médio.

O escandaloso apoio dos EUA a Netanyahu se expressa pelo corte feito por Trump ao repasse de recursos federais para a Universidade de Havard porque seus estudantes ousaram protestar contra o massacre em Gaza.

UNHA E CARNE – Também hipócrita tem sido a reação dos países árabes, alguns com robustas forças militares, como a Arábia Saudita e o Egito, que assistem impassíveis tamanho descalabro, todos submissos aos ditames dos EUA. E também o Brasil poderia ter uma postura mais altiva e evitar o vexame que fez o Congresso Nacional, instituindo o Dia da Amizade Brasil-Israel, a ser comemorado em 12 de abril.

Se, conceitualmente, o Estado de Israel e o governo Netanyahu não são a mesma coisa, na prática, neste momento de covarde massacre do povo palestino, são unha e carne. Será que nenhum parlamentar percebeu que não havia momento mais ultrajante para instituir tal data comemorativa?

Ou são todos indiferentes à tragédia que atingiu a família al-Najjar e milhares de outras famílias palestinas?

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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