A cidade de Belém será palco, na sexta-feira (30), do seminário Alimentação, Saúde e Mudanças Climáticas – Rumo à COP 30. A iniciativa tem como foco a relação entre mudanças climáticas, sistemas alimentares e saúde, colocando em pauta o papel dos nutricionistas e técnicos em nutrição e dietética na construção de soluções sustentáveis e equitativas para os desafios alimentares e ambientais contemporâneos.
O seminário chega em um momento estratégico, a menos de seis meses da Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP 30), que também acontecerá em Belém, em novembro. O evento é uma realização do Conselho Federal de Nutrição (CFN), em parceria com o Conselho Regional de Nutricionistas da 7ª Região (CRN-7) — que abrange os estados do Pará, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima — e com o apoio da Secretaria de Saúde Pública do Pará.
Promovido pelo CFN, o evento tem o objetivo de fomentar o debate técnico e qualificado entre os profissionais da área, subsidiando reflexões e ações que integrem saúde pública, segurança alimentar e justiça climática. Na ocasião, será apresentada uma prévia do documento técnico que vem sendo construído pelo CFN sobre o tema, com diretrizes para atuação profissional diante da emergência climática.
AGENDA CLIMÁTICA – As mudanças no clima afetam diretamente a qualidade e a disponibilidade dos alimentos, comprometendo a segurança alimentar de milhões de brasileiros. Ondas de calor, secas, enchentes e incêndios florestais já impactam o cultivo, a produção e a distribuição de alimentos, gerando instabilidade nos preços e ampliando as desigualdades.
Em um país onde mais de 240 mil nutricionistas e técnicos atuam em diferentes frentes, da atenção básica ao planejamento de políticas públicas, o envolvimento dessa categoria é essencial para a construção de sistemas alimentares saudáveis, resilientes e ambientalmente responsáveis.
Com a realização do seminário em Belém, o CFN dá um passo firme na consolidação de uma agenda climática comprometida com a saúde das pessoas e do planeta. A expectativa é que o evento fortaleça redes de colaboração, valorize os saberes locais e reforce o protagonismo dos profissionais da nutrição na transição para um futuro mais justo e sustentável. Afinal, cuidar da alimentação é também cuidar do clima — e ambos são indispensáveis para garantir o direito humano à vida com dignidade.