Ir para o conteúdo
Brasília Capital
Facebook X-twitter Instagram
  • Política
  • Cidades
  • Geral
  • Brasil
  • Esporte
  • Turismo
  • Colunistas
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Geral
  • Brasil
  • Esporte
  • Turismo
  • Colunistas
  • Pelaí
  • Versão impressa

colaboradores, Educação

Militarização de escolas: um negócio lucrativo

  • Sindicato dos Professores do DF
  • 06/06/2024
  • 11:00

Compartilhe:

A militarização de escolas públicas já se mostrou um engodo do ponto de vista educacional, e também, como apontou a Proeduc (Promotoria de Justiça de Defesa da Educação do Ministério Público do DF) em nota técnica, uma afronta aos direitos constitucionais ao princípio da dignidade da pessoa humana e ao pluralismo político. Agora, a militarização se mostra, também, um bom negócio que rende milhões.

Reportagem do portal Metrópoles revelou que pelo menos 10 municípios firmaram contratos, sem licitação, com a Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar (Abemil). Somados, esses contratos chegam a R$ 11 milhões em 5 anos de atividade.

A Abemil foi fundada e é presidida pelo capitão Davi Lima Sousa, militar reformado que já disputou duas vezes, pelo Distrito Federal, uma vaga na Câmara dos Deputados, sempre por partidos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Não se elegeu, mas demonstrou que desempenha atividades de lobby com muita desenvoltura: viaja o País para se reunir com deputados federais, estaduais e prefeitos para convencê-los a levar as escolas cívico-militares para suas cidades; e circula pelo Congresso Nacional com esse mesmo objetivo.

A intenção do Capitão Davi não parece ser apenas ideológica. Ele busca contratos com prefeituras para orientação técnica e outros serviços referentes à implementação de escolas cívico-militares, participa pessoalmente de audiências públicas e faz reuniões com vereadores e prefeitos. 

No site da Abemil há até um passo a passo que orienta o município sobre o que fazer para levar a associação para atuar lá. A maior parte das cidades atendidas pela entidade é de pequeno porte, tendo de 5 mil e 85 mil habitantes. Mas há na lista também cidades médias como Codó (MA) e Uberlândia (MG), que têm uma escola conveniada com a Abemil cada uma.

Para se ter uma ideia, a cidade de Porto dos Gaúchos (MT), que tem apenas 5,5 mil habitantes, contratou a Abemil por R$ 1 milhão, de acordo com a reportagem do Metrópoles. Buritis (MG), com 25 mil habitantes, pagou R$ 1,7 milhões à entidade, segundo a mesma fonte.

Nos projetos de lei municipais criados com o lobby da Abemil, a própria associação é autorizada a escolher quem serão os funcionários que vão trabalhar nas unidades de ensino. De acordo com os editais disponíveis no site da associação, não há exigência de experiência com educação para militares que ocuparão as vagas de subcomandantes nas escolas.

Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT), a reportagem do Metrópoles desvelou mais uma afronta à democracia promovida pelos defensores da militarização de escolas: “A venda do modelo educacional cívico-militar precisa ser investigada, com urgência, pelos órgãos competentes, os envolvidos afastados e a punição rigorosa”, considera Chico Vigilante. 

“O combate tem que ser feito na raiz do veneno. Não há debate contra a exploração da educação pela extrema direita. Não há debate contra a extrema direita venenosa. Com a educação não se brinca”, completa o deputado.

O Sinpro entende que a existência da Abemil e sua atuação junto a prefeituras eram previsíveis, uma vez que os grandes defensores da militarização são os mesmos que se identificam com discursos extremistas, como escola sem partido e homeschooling. 

“Agora ficou escancarada a relação entre militarização de escolas e privatização da educação”, aponta a diretora do Sinpro, Márcia Gilda. “Os recursos empenhados por municípios para contratar a entidade desse senhor poderiam ser utilizados para impulsionar uma educação de fato de qualidade, com profissionais valorizados, estrutura e materiais pedagógicos adequados”, conclui ela.

Compartilhe essa notícia:

Picture of Sindicato dos Professores do DF

Sindicato dos Professores do DF

Colunas

Orlando Pontes

Orlando Pontes

Administração de Taguatinga terá novo endereço

Caroline Romeiro

Caroline Romeiro

Por que a nutrição virou protagonista no futebol?

José Matos

José Matos

Parábolas para mudar a sua vida – I

Carlos Alenquer

A grande depressão e a comida jogada fora

Júlio Miragaya

Júlio Miragaya

O coração do mundo

Chico Sant'Anna

Ferrovia 3 em 1 para ligar Brasília ao Entorno Sul

Tersandro Vilela

Tesandro Vilela

Cresce uso da IA por estudantes brasileiros

Júlio Pontes

Júlio Pontes

“Lá no céu de Brasília estrelas irão cair”

Últimas Notícias

Famílias selecionadas para o DF Social têm até quinta (25) para abrir conta no BRB

23 de setembro de 2025

Seminário jurídico debate novo marco legal dos seguros

23 de setembro de 2025

Administração de Taguatinga terá novo endereço

22 de setembro de 2025

Celina Leão participa da abertura dos Jogos dos Institutos Federais

22 de setembro de 2025

Newsletter

Siga-nos

Facebook X-twitter Instagram
Brasília Capital

Sobre

  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão Impressa
  • Expediente
  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão Impressa
  • Expediente

Blogs

  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade
  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade

Colunas

  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
Facebook X-twitter Instagram
  • Política de Privacidade
  • Termos de Uso

© Copyright 2011-2025 Brasília Capital Produtora e Editora de Jornais e Revistas LTDA.