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Maioria apoia restrições impostas a Bolsonaro, aponta pesquisa

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Um levantamento realizado pelo Ipespe mostra que a maioria dos brasileiros vê como adequadas ou até brandas as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O estudo foi divulgado nesta sexta-feira (25) e revela um cenário de divisão, mas com prevalência de apoio às decisões judiciais.

Segundo a pesquisa, 29% dos entrevistados consideram as medidas corretas e 25% as classificam como leves. Por outro lado, 30% acreditam que as determinações são descabidas e 13% as julgam exageradas. As restrições incluem o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa entre 19h e 6h, impedimento de acessar redes sociais e de se aproximar de consulados e embaixadas.

Apesar desse apoio pontual, a avaliação geral dos ministros do Supremo não é positiva. O levantamento indica que 49% desaprovam a atuação da Corte, enquanto 43% aprovam.

O Ipespe entrevistou 2.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95,45%.

As medidas cautelares foram determinadas no dia 18 de julho. Segundo Moraes, Bolsonaro financia a estadia do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, de acordo com o magistrado, atua junto ao governo dos Estados Unidos em ações contra o Brasil. O parlamentar declarou recentemente que recorreu ao ex-presidente norte-americano Donald Trump para pressionar o Judiciário brasileiro e que as tarifas impostas por Washington foram resultado dessa aproximação.