José Carreiras, o grande tenor espanhol, brigou com seu colega Plácido Domingo e os dois tornaram-se inimigos. Posteriormente, Carreiras adoeceu de leucemia. Gastou os recursos que tinha e não curou-se. Não obstante, ficou sabendo que em Madri havia uma clínica onde poderia tratar-se gratuitamente.
Foi, tratou-se, curou-se e ficou sabendo que a clínica pertencia ao inimigo Plácido Domingo. Mais ainda: foi informado de que a clínica tinha sido criada exclusivamente para tratar dele.
Certa noite, após uma apresentação de Plácido, Carreiras saiu caminhando de joelhos até Plácido para agradecer e pedir-lhe perdão. Ao ser questionado porque tinha fundado a clínica para tratar exclusivamente de Carreiras, Domingo, esclareceu: “uma voz dessa não pode calar-se”.
Isto é ser espírito de luz. Luz, símbolo do conhecimento e da generosidade.
De modo semelhante, aconteceu na Inglaterra: Churchill-criança, que viria a tornar-se primeiro ministro da Inglaterra durante a segunda guerra mundial, perdeu-se num pântano e foi encontrado pelo camponês Fleming.
Churchill-pai, sabendo do fato, foi até a casa do camponês para recompensá-lo. Mas ele recusou-se a receber a quantia. Inconformado, o velho Churchill pediu-lhe: Então deixe eu levar seu filho Fleming para educá-lo. O velho Fleming concordou e Fleming-filho tornou-se cientista e descobriu a penicilina.
Durante a segunda guerra, Churchill adoeceu de pneumonia e foi tratado por Fleming com penicilina. Então, o velho Churchill desabafou: “Eu louvo esta família que salvou meu filho duas vezes”.
Espíritos de luz somos todos nós, porque viemos da luz que é Deus. Mas esta luz, segundo Buda, está encoberta por 700 camadas. O que desintegra essas camadas é a oração, a meditação e a caridade, que fazem com que ela possa algum dia resplandecer.
Portanto, aprenda com Jesus: “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, para que esta luz (conhecimento e generosidade) possa iluminar a todos”.
O Apóstolo João ensinou: “A luz que estava em Cristo está em todos que vêm a este mundo”.