Cidades

Escolas públicas adotam novo cardápio

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A alimentação escolar no Brasil deu um importante passo em direção à promoção da saúde e à prevenção de doenças entre crianças e adolescentes. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) atualizou, este ano, as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), restringindo ainda mais o uso de alimentos ultraprocessados nas refeições oferecidas nas escolas públicas.

A nova normativa estabelece que, já em 2025, no máximo 15% dos recursos repassados possam ser usados para adquirir produtos como biscoitos recheados, bebidas adoçadas, embutidos e outros itens associados ao aumento do risco de obesidade e doenças crônicas. A mudança acompanha evidências científicas e recomendações de saúde pública, como as presentes no Guia Alimentar para a População Brasileira.

A proposta é garantir que os cardápios priorizem alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, arroz, feijão e preparações caseiras. Para isso, as escolas precisarão destinar pelo menos 80% dos recursos a esses alimentos em 2025, percentual que aumentará para 85% a partir de 2026. A reformulação visa formar hábitos alimentares mais saudáveis desde a infância, etapa decisiva para o desenvolvimento físico e cognitivo.

AGRICULTURA FAMILIAR – Além da restrição aos ultraprocessados, as novas diretrizes fortalecem a compra de alimentos da agricultura familiar, o respeito à cultura alimentar regional e a participação de nutricionistas na elaboração dos cardápios. Isso garante refeições não apenas mais saudáveis, mas também mais sustentáveis e próximas da realidade dos estudantes.

A presença do nutricionista é essencial para orientar a escolha e preparo dos alimentos, assegurar o atendimento das necessidades nutricionais e promover a educação alimentar e nutricional no ambiente escolar. Com a nova resolução, o Brasil reforça seu compromisso com o direito humano à alimentação adequada e com políticas públicas que colocam a saúde das crianças em primeiro lugar.

Ao substituir os produtos ultraprocessados por alimentos frescos e preparados de forma mais natural, as escolas públicas tornam-se verdadeiros espaços de cuidado e promoção da saúde — dentro e fora do prato.