Distrito Federal, Saúde

DF vai usar mosquitos com bactéria para combater dengue

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A partir de agosto, o Distrito Federal inicia a liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, método inovador que impede a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya. A ação faz parte dos esforços da Secretaria de Saúde para conter o avanço dessas doenças e vai se concentrar em Brazlândia, Sobradinho II, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina e Itapoã, regiões com maior incidência das doenças.

Em 2024, o DF contabilizou mais de 283 mil casos de dengue e mais de 400 mortes. Em 2025, até o fim de julho, houve redução expressiva: 8,1 mil casos prováveis — queda de 97% em relação ao mesmo período do ano anterior. A estratégia, conhecida como Método Wolbachia, foi desenvolvida por pesquisadores australianos em 2008 e é considerada uma alternativa sustentável ao uso de inseticidas químicos e à eliminação mecânica de criadouros.

A técnica não envolve modificação genética e é segura para humanos, animais e o meio ambiente. A bactéria Wolbachia é transmitida de forma natural pelos mosquitos, gerando novas populações com menor capacidade de transmissão viral. A iniciativa é aprovada pela Anvisa, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS), e já é aplicada em outras regiões do Brasil e do mundo.