Educação, Via Satélites

Ceilândia: Cordel melhora desempenho escolar

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A restrição ao uso de celulares em sala de aula, aliada à implementação de projetos pedagógicos como oficinas de literatura de cordel, tem contribuído para um melhor desempenho e comportamento dos estudantes no Distrito Federal. A percepção de educadores e famílias é de que a concentração e o envolvimento nas atividades escolares aumentou.

É o que acontece, por exemplo, na Escola Classe 39, segundo a orientadora educacional Nádia Cordeiro Rodrigues. Ela aponta que a maioria dos 464 alunos do ensino fundamental apresentam mais interesse por livros e pela escrita. “Os pais têm notado os filhos mais atentos, mais interessados. A ausência do celular tira uma distração e abre espaço para o aprendizado”, afirma.

Para o arte-educador Raimundo Sobrinho, responsável pelas aulas de cordel e que já levou a manifestação da cultura popular a mais de 7 mil jovens da rede pública do DF, o projeto representa também um incentivo à cultura de paz. “Na escola, a nossa luta é pela boa convivência. Cada aluno é importante, com cada voz que ecoa, sem bullying e sem exclusão”.

O projeto “Cordel por Toda Parte”, idealizado por Sobrinho e financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC/DF), já realizou mais de 150 oficinas em escolas de Ceilândia, Samambaia e Pôr do Sol/Sol Nascente. As obras incentivam o pensamento crítico de forma lúdica e acessível e provocam reflexões sobre o uso excessivo da tecnologia e os desafios do convívio social.