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A língua e os neologismos

  • Elias Santana
  • 22/07/2017
  • 10:00

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Na semana passada, com base no artigo sobre CrossFit, recebi o seguinte comentário:

“Nos últimos dias, ao fazer um exame de Mapa da Pressão, algumas atendentes da clínica me disseram que só poderiam emitir o resultado após a médica responsável \”laudar\”. Nunca tinha ouvido esse \”verbo\”. Sempre falei \”fazer o laudo\” ou \”escrever o laudo\”. “Laudar” é novo.

Sempre defendo, em meus artigos e aulas, o potencial criativo que todas as línguas do mundo possuem. Mas, na nossa língua, isso é ainda mais especial, pois conseguimos ir além dos dicionários para produzir novos entendimentos! O comentário que recebi é perfeito para falarmos um pouco sobre um assunto muito interessante: o processo de formação de palavras.

Segundo Celso Cunha (2008), a formação de palavras se dá por um “conjunto de processos morfossintáticos que permitem a criação de unidades novas com base em morfemas lexicais”. Um desses processos é conhecido como derivação sufixal, que significa adicionar um afixo no fim de um radical, a fim de produzir um novo significado. É simples: ao selecionar o radical cão e, ao final dele, adicionar o afixo –zinho, o resultado será cãozinho (um substantivo que é o diminutivo de cão); ao selecionar o radical feliz e, ao final dele, adicionar o afixo –mente, o resultado será felizmente (um advérbio); ao selecionar o radical pens e, ao final dele, adicionar o afixo –ar, o resultado será pensar.

Aliás, todo brasileiro reconhece um verbo pela terminação da palavra. Vocábulos como chorar, voar, perceber, moer, sorrir, partirdenunciam a classificação verbal pelos sufixos. E o nosso cérebro entende muito bem isso! Ele decodifica, de maneira analógica, a classe gramatical dos vocábulos acima apresentados. É nessa hora que ele raciocina “se, com esses sufixos, formam-se verbos, por que não criar novas entradas lexicais para atender as necessidades cotidianas? ”

Eis, então, que surge uma grande rede social, chamada Twitter. Se quero praticar ações nesse ambiente virtual, digo que vou “twittar”. E a sexta-feira? A chegada desse dia é tão esperada que entendemos que vai “sextar”! Se, em um hospital, há a necessidade de se fazer um laudo, por que não dizer que os funcionários irão “laudar”?

Tenho certeza de que inúmeras outras criações lexicais vieram à sua cabeça ao ler este artigo. Veja o que diz Bechara (2009): “as múltiplas atividades dos falantes no comércio da vida em sociedade favorecem a criação de palavras para atender às necessidades culturais, científicas e da comunicação de um modo geral”. Assim, surgem os neologismos (a partir de uma lógica linguística, forma-se uma nova palavra). Boa parte dessas palavras que são criadas não vão parar nos dicionários, mas funcionam perfeitamente em contextos específicos da sociedade (“twittar” entre usuários da rede social, “sextar” entre os que se sentem ansiosos pelas festas do fim de semana e “laudar” entre os que trabalham em um hospital)! E é de suma importância que o falante perceba em que situação ele está, para usar as palavras que permitirão a compreensão!

Baseado nisso, lembrei-me de outra palavra. Já ouvi algumas pessoas dizendo que estranham a forma verbal banhar, em vez de tomar banho. Todavia, aqui não há um neologismo! Esse verbo existe mesmo nos nossos dicionários! Tanto faz se você banha ou toma banho! Sabe qual é outro verbo que apresenta as mesmas características? Esperançar, que significa “ter esperança”! E o verdadeiro conhecimento é capaz de esperançar a nossa sociedade!

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