Morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, o sambista e compositor Arlindo Cruz, aos 66 anos. A informação foi confirmada pela família e equipe do cantor nas redes sociais. Nos últimos anos, ele passou por internações para tratar infecções respiratórias e pneumonia, que, segundo pessoas próximas, foi a causa da morte.
Nascido e criado em Madureira, berço do samba carioca, Arlindo Cruz começou a trajetória musical ainda na infância, influenciado pelos pais que tocavam pandeiro e cavaquinho. Em 1980, ele fez parte do bloco Cacique de Ramos, ao lado de nomes como Jorge Aragão e Beth Carvalho.
A carreira do sambista ganhou destaque com o grupo Fundo de Quintal, que revolucionou o samba ao introduzir novos instrumentos e arranjos. Entre os inúmeros clássicos que atravessou gerações estão “Bagaço da Laranja”, “Camarão Que Dorme a Onda Leva” e “Meu Lugar”.
Arlindo também foi referência no meio carnavalesco. Ele compôs sambas-enredo para escolas tradicionais como Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu.
Em 2012, o artista se casou com a empresária e produtora Babi Cruz, com quem teve uma relação de mais de 26 anos. Com ela, o sambista teve dois filhos, Arlindinho e Flora Cruz. Em 2022, o casal renovou os votos de casamento em uma cerimônia para cerca de 60 pessoas no Rio de Janeiro.
A carreira de Arlindo Cruz foi interrompida em 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico, que o deixou quase um ano e meio internado e comprometeu sua mobilidade e fala.