Política

Na OMC, Brasil diz que tarifas não podem ser usadas contra soberania

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Em reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o representante do governo brasileiro, embaixador Philip Fox-Drummond Gough, criticou o uso de taxações como instrumento de interferência em assuntos internos de países soberanos. Durante o encontro, realizado em Genebra na quarta (23), o respeito ao multilateralismo do comércio foi tema central, por iniciativa do governo brasileiro.

“Infelizmente, estamos testemunhando um ataque ao Sistema Multilateral de Comércio e à credibilidade da OMC. Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão interrompendo as cadeias de valor globais e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, discursou o diplomata brasileiro.

Segundo Gough, as medidas unilaterais representam “violação flagrante dos princípios fundamentais que sustentam a OMC, essenciais para o funcionamento do comércio internacional”. Diante do cenário, o Brasil volta a defender que os países redobrem os esforços em prol de uma reforma estrutural do sistema multilateral de comércio e da plena recuperação do papel da OMC.

Na sequência, o diplomata apontou que a incapacidade de encontrar soluções promoverá uma cadeia de medidas negativas de medidas que tornarão os países mais distantes dos objetivos de prosperidade e desenvolvimento sustentável.