Política

Entrevistas e posts nas redes justificam sanções a Bolsonaro, diz Moraes

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No documento em que determina medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acessar as redes sociais, o ministro Alexandre de Moraes menciona que o ex-presidente atuou “de forma coordenada com o filho para obstruir o curso da ação penal e tentar submeter a Corte ao crivo de outro Estado”, referindo-se ao apoio buscado junto ao governo dos Estados Unidos.

A decisão do magistrado do STF se baseia em falas recentes de Jair e do filho Eduardo Bolsonaro, consideradas “confissão flagrante” de crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania nacional.

Segundo Moraes, os dois agiram para criar instabilidade institucional, intimidar autoridades públicas brasileiras e induzir a imposição de sanções internacionais contra o Brasil. Afirma, ainda, que houve “claros e expressos atos executórios e flagrantes confissões da prática dos atos criminosos”, ressaltando que “a ousadia criminosa parece não ter limites, ocorrendo à luz do dia, em publicações em redes sociais e entrevistas”.