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Irã deve sair do Tratado de Não Proliferação Nuclear!

  • Júlio Miragaya
  • 24/06/2025
  • 14:00

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Não foi deixada outra alternativa ao Irã, que não a saída do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Primeiramente, porque o TNP não só foi desmoralizado como é um “jaz morto e insepulto”. Firmado em 1968, nasceu “torto”, ao estabelecer que somente os 5 países que até então haviam desenvolvido arsenal nuclear (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França e China) poderiam possuí-los, comprometendo-se a reduzirem seus arsenais (sic), com os demais abdicando desse direito. Apenas Índia, Paquistão e Israel não aderiram ao TNP e criaram seus arsenais atômicos, embora Israel não o admita.

Já o órgão da ONU criado para fiscalizar o cumprimento do TNP, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), tornou-se um joguete nas mãos das potências ocidentais. Seu diretor-geral atestou que o Irã não tem respeitado o TNP e, sem qualquer evidência, insinuou que estaria prestes a possuir uma ogiva nuclear, pretexto para Israel e EUA bombardearem as instalações nucleares iranianas.

Israel, que possui pelo menos 90 ogivas nucleares, resolveu simplesmente bombardear instalações iranianas sob o argumento de que o Irã não pode ter armamento nuclear, pois seria uma ameaça a todo o Oriente Médio. Como assim? Israel pode e o Irã não pode? E Israel não tem sido uma ameaça, ou mais que uma ameaça, um tormento para Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria etc?

Se o Irã tivesse armamento nuclear seria bombardeado por Israel? E se tivesse, bombardearia Israel, sabendo que haveria uma reação devastadora?  Esse é o propósito de possuir armamento nuclear: frear o ímpeto agressor de um outro país. Índia e Paquistão, dois países com arsenal nuclear, têm uma disputa fronteiriça na Cachemira e nenhum deles ousa pensar em usar tal armamento, pois sabe que haveria “troco”.

Aderir ao TNP é um ato voluntário de um país (o Brasil relutou até aderir em 1998, 30 anos após a adesão dos primeiros 60 países). Mas sair também o é, pois basta comunicar a saída com antecedência de 3 meses argumentando haver “eventos excepcionais que ameacem os interesses nacionais”. 

Claro que sofrerá sanções econômicas e financeiras das potências atômicas, mas foi o que fez a Coreia do Norte em 2003 para desenvolver seu programa nuclear sem a interferência da AIEA, e em 2006 detonou seu primeiro artefato em teste. 

E por que razão nos últimos 19 anos o tresloucado Kim Jong-un, que comanda a Coreia do Norte, não se atreveu a jogar um artefato nuclear na Coreia do Sul ou no Japão? Simplesmente porque sabe que Pyongyang seria riscada do mapa por uma bomba norte-americana muitas vezes mais destrutiva do que a que destruiu Hiroshima e Nagasaki. Mas também sabe que os EUA não se atreveriam a fazer uma incursão militar no país. É o caminho que resta ao Irã, muito embora possa vir a ser seguido por outras potências regionais, como a Turquia, a Arábia Saudita e o Egito.    

Finalizo com versões disseminadas pela grande mídia que comprovam que “a primeira vítima de uma guerra é a verdade:

  1. Israel tem todo o direito de impedir o Irã de desenvolver armamento nuclear! – Israel é o único país da região com armas nucleares. Organizações insuspeitas, como a sueca SIPRI, estimam que Israel possua 90 ogivas. Mas a grande mídia procura esconder esse fato. 
  2. Israel deve eliminar as instalações nucleares do Irã! – Ao bombardear instalações nucleares do Irã, provocando o risco de desastre radioativo, Israel e os EUA descumprem normas do TNP, da AIEA, da ONU e da Convenção de Genebra. A grande mídia se cala.
  3. O Irã é uma ameaça à própria existência do Estado de Israel! – A grande mídia repete à exaustão essa narrativa israelense. Ora, as ameaças de dirigentes iranianos, assim como de líderes do Hamas, Hezbollah e Hutis, de riscarem o Estado de Israel do mapa, não passam de verborragia. Nenhum deles tem tal capacidade. Mas não se trata de retórica, e sim de real capacidade e disposição de aniquilar o inimigo, a estratégia militar israelense, com sua diretiva “Opção Sansão”, que prevê o uso de seu arsenal nuclear como último recurso em caso de derrota numa guerra convencional. Por que a grande mídia esconde essa diretiva?
  4. O Irã não respeita o TNP! – Por que razão a grande mídia não questiona o fato de Israel, junto com a Índia, Paquistão, Coreia do Norte (possuidores de armas nucleares) ser um dos poucos países do planeta não signatários do TNP?
  5. Israel tem direito a uma ação preventiva em legítima defesa! – A Carta das Nações Unidas não prevê tal direito, e, sim, que um país tem direito à legítima defesa se for atacado por outro, o que não é o caso. Não é a primeira vez que Israel age assim: em 1981, destruiu o reator nuclear de Osirek, no Iraque, ato condenado pela Resolução 487 do CS da ONU; e em 2007 destruiu o reator nuclear de Deir Az Zor, na Síria. Nada diferente do que fez George W. Bush, que invadiu o Iraque em 2003 sob a alegação de o país possuir “armas de destruição em massa”. Mas a grande mídia não se cansa de falar em autodefesa.

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Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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