Além dos 10 Mandamentos que várias religiões seguem e prometem cumprir durante toda a vida, existem outros ensinamentos que são mostrados, no mais das vezes, nas conhecidas escolas dominicais – sem contar os sermões, os cultos, as orações etc. e tal que cumprem o ritual da catequese.
Alguns beiram a falta de conhecimento do que acontece no mundo real, e não nos reinos dos céus. Um deles: o projeto que o líder da bancada evangélica – que não inclui os católicos, pelo visto – apresentou um projeto à Câmara para impedir que nesta Terra de Santa Cruz sejam autorizados os cassinos com seus jogos de azar.
Ora, pergunta-se: num país onde bancos do próprio governo, desde sempre, distribuem prêmios com suas loterias, esses jogos significam o quê? Pelo visto, nenhum pecado para quem pratica sua fezinha à sombra do governo ou, quase às escondidas, no resiliente (!) Jogo do Bicho.
Com a invasão das bets nos campos de futebol, no patrocínio de clubes, na contratação de craques para incrementar as apostas, no patrocínio de programas de tv, a situção fica ainda mais difícil de ser definida. É pecado ou não é?
Pelo visto não.
Melhor chamar a atenção para um diabo que mal enroscou seus chifres no mundo pecaminoso dos cassinos do que discutir a realidade. E a realidade é que os cassinos mal-afamados trazem votos para quem diz lutar contra eles.
Quanto à jogatina que hoje mereceria a proteção do líder do grupo evangélico, mais fácil jogar a culpa no governo de plantão.