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Política

“Experiência e capacidade de agregar”

  • Redação
  • 24/04/2025
  • 11:05

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Orlando Pontes e Tácido Rodrigues

Cinco pré-candidatos já se apresentaram para disputar a presidência do Partido dos Trabalhadores no DF na eleição marcada para 6 de julho: a secretária de Comunicação da Zonal de Águas Claras, Mariana Costa Rosa, da recém-criada tendência Raízes do PT; Guilherme Seixas, autodeclarado independente; Antônio Sabino, do Bloco Popular e de Base (BPB); Rejane Pitanga, da CNB (Construindo um Novo Brasil); e Saulo Dias, do Movimento Nova Tendência, desmembramento do Movimento PT.

Mariana, 43 anos, Guilherme, 39, e Saulo, 38, adotam o discurso da renovação contra os sexagenários Rejane, 68, e Sabino, 66. Mas os dois retrucam, apresentando suas credenciais de militantes históricos. “Não basta ser jovem para ter compromisso com a renovação”, afirma Pitanga. “É preciso ter experiência para conhecer as demandas internas do partido”, emenda Sabino. 

MILITANTE RAIZ – Secretário Nacional de Meio Ambiente do PT, negro, morador do Morro Azul, em São Sebastião, filiado ao partido há 20 anos, Saulo Dias, 38, confirmou sua pré-candidatura ao Brasília Capital no último dia 18. Considerado um “militante raiz”, ele iniciou a campanha atacando as três candidaturas postas até aquela data. “Sabino e Rejane ainda pensam com a cabeça do PT dos anos 1980”, disparou. 

Mas a crítica mais contundente ele reserva para o independente Seixas, apresentado por lideranças históricas – entre elas o deputado distrital Chico Vigilante, da Articulação Unidade na Luta – como “sangue novo” para “oxigenar” o PT. “O Guilherme é, de fato, um rapaz bem preparado, com ótima formação. Mas é um ilustre desconhecido da nossa militância. Ele não sabe para que lado fica o Sol Nascente/Pôr do Sol, em Ceilândia, e muito menos o Morro da Cruz, em São Sebastião. Não está preparado para presidir um partido com a história do PT”. 

PARTIDO APÁTICO – Egressa dos movimentos de base das mulheres, negros e indígenas, Mariana Rosa confirmou sua pré-candidatura ao Brasília Capital no domingo (20). Suas principais bandeiras são o incentivo à cultura e à educação e a candidatura própria petista ao Buriti em 2026.
“Nosso partido foi apático nas últimas três campanhas (2014, 2018 e 2022). Precisamos retomar o discurso do PT para as minorias e periferias”, afirma. Ela foi candidata a deputada distrital em 2018 (852 votos) e primeira suplente na chapa da professora Rosilene Corrêa, que concorreu a senadora em 2022 e obteve 356.198 votos.

Mariana evita atacar Sabino e Rejane Pitanga. No entanto, acredita que o partido precisa de renovação. “Eles são nossas referências. Mas precisam confiar na nova geração que está chegando e passar o bastão”, afirma a funcionária terceirizada da Câmara dos Deputados e filiada ao PT há duas décadas. 

SANGUE NOVO – Lideranças do PT, como o atual presidente, Jacy Afonso; os deputados Chico Vigilante e Gabriel Magno (distritais) e Erika Kokay (federal); além do recém-chegado Marivaldo Pereira; entre outros, apoiam a candidatura à presidente da legenda no DF de Guilherme Seixas, de 38 anos, filho do falecido ex-deputado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas. “Não me coloquei como candidato. Mas, se for para trabalhar pela unidade e, inclusive, preparar o partido para o pós-Lula, meu nome está à disposição”, afirma Guilherme. “Em função dessas disputas internas, o partido se fragmentou e já sangrou muito. E se for para continuar como está, eu não tenho muito a oferecer”.

PÉ NA ESTRADA – Quem não arreda pé da disputa é o ex-administrador de Taguatinga e do Cruzeiro Antônio Sabino, da tendência Bloco Popular e de Base (BPB). Em entrevista ao site www.bsbcapital.com.br, ele reitera que levará a disputa até o fim, sem possibilidade de consenso prévio. “A caminhada só começou. Depois que se põe o pé na estrada, olhar para trás só para ver a distância percorrida”. 

Baiana de Salvador, Rejane Pitanga, 68 anos, mora em Brasília desde os quatro. É formada em Química pela UnB e professora aposentada da Secretaria de Educação. Para ela, o próximo presidente do PT-DF deverá, prioritariamente, combinar experiência e capacidade de agregar. “Meu objetivo é trabalhar pela unidade no PT e da esquerda para que possamos ser protagonistas novamente na cena política local. Me sinto preparada”, garante, em entrevista ao Brasília Capital.

RENOVAÇÃO OU ETARISMO? – Primeiro, eu acho muito bom que tenha jovens disputando a presidência do PT. Acredito que essa visão de que só os mais jovens podem representar a renovação é meio complicada. Até porque nós temos um presidente da República que está perto dos 80 anos e é um grande quadro político que será nosso candidato em 2026. Não basta ser jovem para ter compromisso com a renovação. Os meninos têm que rever esse discurso, até porque a juventude é uma fase da vida. Dirigir o PT não é tarefa que se faz só com discurso. É a trajetória que te leva a pleitear esse espaço de muita responsabilidade.

VOLTA AO BURITI – Já governamos o DF duas vezes, e foram bons governos. Eu tive a honra de participar do governo Agnelo Queiroz como secretária da Criança e do Adolescente. Coordenei a derrubada do Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado), a reformulação dos conselhos tutelares, adequamos o sistema socioeducativo à melhor experiência do país. Portanto, o PT tem proposta, sabe governar e conhece esta cidade. O que o PT precisa hoje é voltar a se aproximar da população, das periferias. Não pode ser um partido que gira só em torno de mandatos.

EXECUTIVA – Sou quase fundadora do PT. Me filiei em 1989. Conheço toda a trajetória do partido, mas nunca fui dirigente partidária. Fui deputada distrital, uma experiência que não quero mais viver. Gostei muito mais do Executivo. O governo permite realizar mais coisa.

DESAFIO – O próximo(a) presidente(a) tem o desafio de reestruturar o PT, reorganizar os diretórios nas cidades, reencantar a militância, fortalecer as zonais, dialogar com a população e fazer política. Queremos voltar a governar o DF. Temos o desafio de ampliar as bancadas distrital e federal. Vamos disputar, talvez, a eleição mais difícil da nossa história ao enfrentar a extrema direita.

CANDIDATO PRÓPRIO, CAPELLI OU GRASS? – Isso tem que ser avaliado dentro da construção que está sendo feita. O PT tem quadros políticos qualificadíssimos para disputar, caso haja consenso com os demais partidos da frente única. O que nos une é derrotar o bolsonarismo e avançar para uma cidade socialmente mais justa.

UNIDADE DA ESQUERDA – Não estamos numa briga. O PT é um partido democrático. Quando cinco candidatos se apresentam, é porque o partido é construído em cima da diversidade e tem correntes políticas que representam visões diferentes. O PT defende e luta pela democracia. Esta é a nossa raiz.

PRESIDENTE NACIONAL – Defendo o nome do Edinho Silva, que é da minha corrente, CNB (Construindo um Novo Brasil). Ele é o candidato do Lula e fez uma gestão supereficiente como prefeito de Araraquara (SP). É um candidato que se aproxima mais da proposta do governo federal, que tem feito um bom mandato no Brasil.

BAIXA RENDA – Para 2026, na minha visão, precisaremos trabalhar políticas que beneficiem a população de baixa renda. O mundo do trabalho mudou. As entidades sindicais e o governo têm que enxergar esse novo momento e fortalecer a proteção e as condições de trabalho, a igualdade salarial entre homens e mulheres – uma lei assinada pelo presidente Lula –, além de superar o racismo. A saúde é também um grave problema. Na educação, temos hoje um número imenso de professores em contrato temporário, sem contar o salário baixo.

OBRAS x POLÍTICAS SOCIAIS – O atual governo só se preocupa com obras. Elas são importantes para a cidade, mas temos que investir nas políticas sociais. Esse é o objetivo do governo de esquerda: reduzir a desigualdade social e melhorar a qualidade de vida do povo.

QUALIDADE DO VOTO – A população brasileira tem que rever a qualidade do voto. Vivemos um retrocesso brutal de direitos sociais durante o governo Bolsonaro. O avanço da extrema direita não é um problema só do Brasil. Lula é um homem de 78 anos com vigor de alguém de 40. Tem inteligência e capacidade política que poucos dirigentes têm neste país. Vamos demorar muito para produzir outra liderança como Lula no Brasil. Mas precisamos mudar a cara do Congresso Nacional, eleger pessoas com compromisso com as mudanças sociais.

NOVOS QUADROS – Já está definido que a Erika Kokay será nossa candidata ao Senado, numa chapa com a Leila Barros (PDT), fortalecendo duas mulheres na disputa. Ao mesmo tempo, acho muito bom que cheguem novas pessoas no PT, como o Marivaldo e a Márcia Abrahão. Isso oxigena o partido, traz os setores intelectuais de volta, dá qualidade ao debate e à produção política. 

REENCANTAR A MILITÂNCIA – Me sinto preparada para enfrentar o desafio de presidir o PT com a visão de uma mulher que quer ocupar esse espaço de poder e com o compromisso de mudança, renovação e reencantamento da militância. Renovação não é só idade cronológica. Renovação é combinar novas propostas com experiência e ter capacidade política de agregação. Meu objetivo é trabalhar pela unidade no PT, para que possamos ser protagonistas novamente na cena política do DF.

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