Um filme de 1963, dirigido por Stanley Kramer – It’s a Mad Mad Mad Mad World (no Brasil, Deu a Louca no Mundo) –, mostra o trajeto que a humanidade escolheu para felicidade geral das nações.
Rapidinho, para quem não tem idade de ter visto o filme, ainda: uns motoristas largam suas viagens numa região um tanto desértica para desvendar o segredo da grande fortuna prometida por um ex-presidiário durante o percurso.
Pois bem. Os caras saem desembestados pelas estradas, na esperança de encontrar o tesouro. Fazem de um tudo, como diziam as avós, e, de barranco em barranco, imaginam como vão gastar a bufunfa, quem sabe comprando literalmente tudo o que virem pela frente.
Toda essa lereia por conta do desejo dos grandes (e pequenos) líderes planetários, ao tratarem de questões globais. Nada de meios termos. Tudo descaradamente, num verdadeiro toma lá dá cá de ruborizar as avós que estudaram em colégio de freiras.
Além disso, se não tiver o dá, registrado na expressão, o outro apenas toma, e estamos coversados. Ou não, pois essa nova forma de fazer diplomacia vai acabar nos levando, paranoicos que somos, a um conflito que tem nome e apavora a todos nós. E logo nós, que não queremos roubar nada de ninguém – a não ser as terras dos indígenas, dos quilombolas etc. e tal.
Os pessimistas chamam a isso de Guerra Fria II, a Missão. Os mais pessimistas ainda, dada sua própria natureza, dizem que isso pode chegar a coisa mais quente (ou mórbida).