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Artigo

Muito além da sala de aula

  • Redação
  • 13/01/2025
  • 17:18

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Gilberto Alvarez (*)

A proibição de celulares nas escolas tem sido um tema recorrente em debates sobre educação. Embora muitos vejam essa medida como uma forma de melhorar a disciplina e o foco do estudantes, seus impactos vão além da sala de aula. 

Estudos mostram que o uso excessivo de dispositivos digitais, especialmente para acessar redes sociais, está ligado ao aumento de problemas como ansiedade e depressão entre adolescentes. Essas plataformas, apesar de conectarem pessoas, podem criar sentimentos de isolamento e dificultar o desenvolvimento de habilidades essenciais, como empatia e comunicação.

Além disso, o uso excessivo de celular na sala de aula atrapalha o desempenho dos estudantes do Brasil e de outros países, segundo o Pisa 2022, principal avaliação mundial da educação.

De acordo com o levantamento, oito em cada dez estudantes brasileiros de 15 anos disseram que se distraem com o uso de celulares nas aulas de matemática. Outros países, como Argentina, Canadá, Chile, Finlândia, Nova Zelândia e Uruguai registraram o mesmo indicador.

Na média dos países da OCDE, são seis estudantes a cada dez que se distraem com os aparelhos digitais. No Japão, que lidera as primeiras posições no ranking geral, 18% dos estudantes disseram perder a concentração com celulares.  

Como as redes sociais afetam os jovens?

As redes sociais mudaram a forma como os jovens interagem, substituindo, muitas vezes, os espaços tradicionais de convívio, como a escola. Antes, os modelos e referências de comportamento eram encontrados na comunidade. Hoje, influenciadores digitais ocupam esse espaço. Isso pode trazer desafios para a construção da identidade dos adolescentes, pois eles passam a se comparar constantemente com padrões muitas vezes irreais.

Além disso, o tempo excessivo em frente às telas reduz as oportunidades de criar laços significativos no mundo real. Essa mudança afeta não apenas a saúde mental, mas também a capacidade de os jovens desenvolverem relações interpessoais saudáveis.

A proibição é importante, mas não resolve tudo

Proibir celulares nas escolas é um passo positive. Mas, para que a medida tenha resultados efetivos, é preciso mais. Professores e escolas precisam de suporte para ensinar os alunos a lidarem de forma consciente com a tecnologia. Programas de orientação e o apoio de psicólogos nas escolas podem ajudar estudantes e famílias a entenderem o papel das redes sociais na vida cotidiana.

A ideia aqui é transformar a escola em um espaço que incentive o diálogo e a reflexão crítica. É possível aprender com abordagens educativas que valorizem o debate sobre o impacto da tecnologia na sociedade, tornando os jovens mais preparados para lidar com os desafios do mundo digital.

Para que os jovens desenvolvam habilidades como respeito à diversidade, comunicação eficaz e pensamento crítico, a escola precisa ser um espaço de aprendizado coletivo e convivência. Isso significa investir nos professores, garantir boas condições de trabalho e envolver toda a comunidade escolar. Só assim podemos resgatar o papel da escola como um centro de formação, não só acadêmica, mas também social e cultural.

A discussão sobre o uso de celulares nas escolas vai além de evitar distrações em salas de aula. É uma oportunidade de repensar o papel da escola e o tipo de sociedade que queremos construir. A proibição é apenas o começo. O verdadeiro desafio está em preparar os jovens para interagirem de forma saudável, tanto no mundo real quanto no virtual.

(*) Diretor do Cursinho da Poli e presidente da Fundação PoliSaber

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