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Venezuela: nem tudo o que reluz é ouro!

  • Júlio Miragaya
  • 20/09/2024
  • 07:00

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Se há um tema espinhoso para ser abordado nos dias atuais, este é a eleição na Venezuela. Como se posicionar sem se colocar ao lado do bufão Maduro ou da oposição de extrema direita? A grande mídia pinta a oposição venezuelana como representantes da vontade do povo, puros e heroicos patriotas. Dá para acreditar?

De acordo com os Acordos de Barbados, as eleições seriam realizadas em julho de 2024 e organizadas pela autoridade eleitoral venezuelana, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Mas, desde antes das eleições, a extrema direita, organizada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), de Maria Corina, com base em pesquisas eleitorais encomendadas, antecipava que se não vencesse o pleito, este teria sido fraudado.

É claro que o CNE errou ao divulgar a vitória de Maduro sem ter concluído a apuração e, alegando ter sofrido um ataque cibernético, não ter apresentado as atas das mesas de votação (boletins de urnas), como o fez em outras eleições.

Mas o que dizer do PUD, que, alegando ter em mãos 80% das atas, afirmou que o fantoche Edmundo Gonzáles teria obtido 67% dos votos? Com base em quê? Na consolidação das atas feita pela empresa digital “Súmate”, da família de Maria Corina?

Ainda mais patético foram os EUA e seus vassalos latino-americanos e europeus reconhecerem Gonzáles como presidente eleito, repetindo a farsa Juan Guaidó. A partir daí, a extrema direita começou a promover protestos violentos, recorrendo ao recrutamento pago de jovens desempregados da periferia de Caracas.

O resultado foi a depredação de órgãos públicos, escolas, hospitais e sedes do Partido Socialista Unificado Venezuelano (PSUV), resultando na prisão de 1.500 pessoas e na morte de 20, a maioria desses jovens recrutados, mas também de militantes do PSUV e policiais.

O governo Maduro não é unanimidade na esquerda, é contestado, por exemplo, pela Coordenação Autônoma e Independente dos Trabalhadores, que o acusa de aplicar, há algum tempo, uma política pró-mercado e de ataque aos direitos trabalhistas e sociais, diferentemente do que fazia Hugo Chávez.

Mas isso não justifica fazer coro com a extrema direita venezuelana, que está a serviço do imperialismo norte-americano, ávido por colocar as mãos nas reservas de 300 bilhões de barris de petróleo, e que, ao aplicar sanções ao país, penaliza enormemente o povo venezuelano.

E o que dizer da grande mídia brasileira, exigindo que o governo Lula não reconheça o novo governo de Maduro? Mas o que é não reconhecer um governo? Se não for romper relações diplomáticas, não tem efeito nenhum. Ou é para reconhecer o fantoche González, o Guaidó II?

Cabe a pergunta à Rede Globo, à Folha de São Paulo e ao Estadão: Por que também não exigiram que o governo brasileiro não reconhecesse o governo do general Abdul al-Sisi, do Egito? Sim, Al-Sisi assumiu o governo egípcio em 2012 ao dar um golpe de Estado e derrubar o presidente eleito Mohamed Morsi.

Em 2014, 2018 e 2023 Sisi foi reeleito em três eleições para lá de fraudulentas. Mas nenhum jornalão brasileiro se indignou. Talvez pelo fato de os EUA, maior sustentáculo de Sisi, ter avalizado as eleições egípcias.

Poderíamos perguntar, também, por que a grande mídia não se indignou e exigiu o não reconhecimento do governo de Jeanine Añez, na Bolívia. Lembremos que, em outubro de 2019, após Evo Morales vencer as eleições, a oposição – baseada em um relatório de “encomenda” da OEA apontando irregularidades no processo eleitoral – alegou fraude e realizou protestos violentos, com invasão e destruição de prédios públicos e morte de dezenas de apoiadores de Evo.

Foi o suficiente para as Forças Armadas derrubarem Evo e logo em seguida ser empossada a senadora direitista Jeanine Añez. Dias depois os norte-americanos Center of Economic and Policy Research e o MIT (Massachusetts) apontaram que o relatório da OEA era falho e que a eleição transcorrera sem irregularidades. Mas era tarde. Evo já estava exilado no México.

Pior ainda são os casos das monarquias do Golfo Pérsico, militarmente sustentadas pelos EUA. Na Arábia Saudita, EAU, Catar, Kuwait, Bahrein e Omã não ocorrem fraudes eleitorais porque sequer realizam eleições. Não há liberdade de expressão, de organização, de imprensa, liberdade sindical ou partidária. E nenhum órgão da grande imprensa exige que o governo brasileiro não reconheça esses governos ou com eles rompa relações.

Que sirva de alerta para os incautos: nada que vem da grande mídia é “ouro”. Ao contrário: não passa de escória.

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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