Ir para o conteúdo
Brasília Capital
Facebook X-twitter Instagram
  • Política
  • Cidades
  • Geral
  • Brasil
  • Esporte
  • Turismo
  • Colunistas
  • Pelaí
  • Versão impressa
  • Política
  • Cidades
  • Geral
  • Brasil
  • Esporte
  • Turismo
  • Colunistas
  • Pelaí
  • Versão impressa

Cidades, colaboradores, Saúde

Saúde da Mulher no DF pede socorro

  • Dr. Gutemberg
  • 26/03/2023
  • 16:00

Compartilhe:

No Mês da Mulher (março), o Distrito Federal tem pouco a comemorar. Infelizmente, no que diz respeito à Atenção à Saúde da Mulher, o que vemos é o descaso. Os números provam isso. Com mais de 52% da população composta por mulheres, em 2022 apenas 1.345 mamografias foram realizadas. Em 2021, com público elegível para o exame de mais de 153 mil mulheres (com idades entre 50 e 69 anos), apenas 3.658 foram feitos. E embora a gestão pública faça do mês de outubro uma espécie de “programa” para a realização da mamografia, o fato é que a baixa oferta resulta em 70% dos casos de câncer de mama com diagnósticos em estágio avançado.

Ao longo dos anos, venho chamando a atenção para a falta de continuidade de políticas públicas de saúde nas trocas de governo. Acontece que esse é um problema grave, que afeta, entre outras coisas, a saúde da mulher. É preciso fazer gestão permanente. A descontinuidade administrativa na gestão pública faz com que o acesso à saúde da mulher seja, ano a ano, um desafio. Praticamente um calvário. Porque quando um câncer, por exemplo, é diagnosticado, a Lei determina que o tratamento seja iniciado em no máximo 60 dias: isso não acontece hoje no DF.

E o câncer, tanto de mama quanto de colo de útero, cuja prevenção é feita por meio do Papanicolau, está longe de ser o único problema na Atenção à Saúde da Mulher no DF. O descaso com a saúde das mulheres começa no fato de não se oferecer consulta ginecológica de rotina na Atenção Primária (postos de saúde). Aqui, é importante salientar: as UBSs são o caminho para a prevenção de doenças. Portanto, não tem como falar em assistência à saúde quando, segundo dados do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), o DF tem a pior cobertura da Atenção Primária no País.

Segundo o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que existe desde 2003, os estados e o DF devem “promover a melhoria da saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliar o acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde”. Dentro das diretrizes, está previsto o objetivo de “eliminar a sífilis congênita como problema de saúde pública” (quando a doença é transmitida de mãe para filho). No entanto, no DF, não é o que acontece.

Na capital do País, os casos de sífilis vêm aumentando. De 2017 a 2021, foram notificados 9.813 casos de sífilis adquirida, 3.370 casos de sífilis em gestantes e 1.645 casos de sífilis congênita. Quando do anúncio dos dados, no ano passado, um dos representantes da Secretaria de Saúde reconheceu: “Precisamos rever os processos de trabalho, principalmente na Atenção Primária, para melhorar a capacidade de diagnóstico e tratamento, reduzindo assim a transmissão, principalmente, da sífilis congênita. Além disso, fortalecer o pré-natal, que é onde a gestante é acompanhada”.

Como disse no início deste artigo, política pública em saúde é compromisso para além da troca de governos. Precisa ser um projeto de longo prazo – muito mais do que quatro anos. Sem isso, o “Mês da Mulher”, a exemplo do “Outubro Rosa”, não passará de marketing para inglês ver. É preciso fazer da Atenção Primária uma verdadeira porta de entrada para o SUS, com ginecologistas e outros médicos especialistas. E sempre vou bater nesta tecla: é necessário reverter o Converte (programa de Rodrigo Rollemberg que tirou médicos especialistas das UBSs).

No mais, desejo que, no próximo Mês da Mulher, eu possa estar aqui para dizer que a situação mudou para melhor. E que, finalmente, o número de mortes evitáveis (como acontece com o câncer de mama e de colo do útero) está em queda. Como ginecologista, sei que o melhor presente neste e em outros meses é: saúde, dignidade e respeito. Nem mais e nem menos. Precisamos, com urgência, da permanência das políticas públicas em saúde, para que perdure e reverta a situação atual. O não acesso à saúde, que é um direito, também é uma forma de assédio.

Compartilhe essa notícia:

Picture of Dr. Gutemberg

Dr. Gutemberg

Colunas

Orlando Pontes

Orlando Pontes

Administração de Taguatinga terá novo endereço

Caroline Romeiro

Caroline Romeiro

Por que a nutrição virou protagonista no futebol?

José Matos

José Matos

Parábolas para mudar a sua vida – I

Carlos Alenquer

A grande depressão e a comida jogada fora

Júlio Miragaya

Júlio Miragaya

O coração do mundo

Chico Sant'Anna

Ferrovia 3 em 1 para ligar Brasília ao Entorno Sul

Tersandro Vilela

Tesandro Vilela

Cresce uso da IA por estudantes brasileiros

Júlio Pontes

Júlio Pontes

“Lá no céu de Brasília estrelas irão cair”

Últimas Notícias

Famílias selecionadas para o DF Social têm até quinta (25) para abrir conta no BRB

23 de setembro de 2025

Seminário jurídico debate novo marco legal dos seguros

23 de setembro de 2025

Administração de Taguatinga terá novo endereço

22 de setembro de 2025

Celina Leão participa da abertura dos Jogos dos Institutos Federais

22 de setembro de 2025

Newsletter

Siga-nos

Facebook X-twitter Instagram
Brasília Capital

Sobre

  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão Impressa
  • Expediente
  • Anuncie Aqui
  • Fale Conosco
  • Politica de Privacidade
  • Versão Impressa
  • Expediente

Blogs

  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade
  • TV BSB Notícias
  • Pelaí
  • Nutrição
  • Chico Sant’Anna
  • Espiritualidade

Colunas

  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
  • Geral
  • Política
  • Cidades
  • Brasil
  • Esporte
Facebook X-twitter Instagram
  • Política de Privacidade
  • Termos de Uso

© Copyright 2011-2025 Brasília Capital Produtora e Editora de Jornais e Revistas LTDA.